segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O SISTEMA DIGESTÓRIO 2

Faringe e Esôfago

A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.





O Estômago e o Suco Gástrico

O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.


Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.
Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.

O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.

A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas.


Intestino Delgado



O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.

A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).


Intestino Grosso


É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.

Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.

Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.

As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas.

O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.

7 comentários:

  1. ''permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida''

    Bem, é uma pergunta meio boba, mas...
    se acaso ultrapassar essa quantidade de comida poderá acontecer algo com o estômago,ou ele aceitará normalmente e a digestão continuará no mesmo processo?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Não vai acontecer nada porque o estômago tem um volume de cerca de 50 mL quando vazio. Depois de uma refeição, ele geralmente se expande para suportar cerca de 1 litro de comida, mas ele pode expandir até 4 L. Eu acho que se vc comer alem da conta vai mudar o tempo da digestão, mais o processo vai continuar o mesmo.
    Espero q esteja certa a minha resposta, mais se eu falei alguma besteira, espero que o professor me corrija.
    Espero que tenha ajudado...
    Beijossss

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  4. É isso aí, até pq ele permite essa quantidade de alimentos, mas esqueçemos que ao mesmo tempo q o alimento está no intestino, já está acontecendo outro processo, para a retirada do que não serviu para o organismo. Ou seja,além dele possuir elasticidade,a comida não vai ficar lá, ela vai ter que sair e seguir todo processo, até o intestino grosso e assim por diante.

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  5. Ei galera vai ai uma curiosidade sobre o sistema digestorio dos animasi...se liga ai!!!
    O sistema digestório dos animais é a sede principal das transformações dos alimentos.
    Pode ser completo (tubo digestivo dotado de duas aberturas: boca e ânus) e incompleto (tubo digestivo com uma única abertura – encontrado nos cnidários e platelmintos).
    Em alguns grupos de animais o sistema digestório não termina no ânus, mas numa cavidade denominada cloaca. Possuem cloaca os peixes, os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos monotremados.
    O sistema digestório completo consta de um tubo digestivo e glândulas anexas.
    O tubo digestivo dos mamíferos é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e ânus. O intestino apresenta duas porções: o delgado (6 - constituído de duodeno e jejuno-íleo) e o grosso (constituído de ceco, colo e reto).
    As glândulas anexas são o fígado, o pâncreas e as glândulas salivares. O fígado apresenta um órgão em forma de bolsa (a vesícula biliar) onde fica armazenada a bile. Esse órgão possui um duto de desembocadura no duodeno (o canal colédoco) por onde a bile é eliminada no intestino.
    As aves possuem uma dilatação no esôfago (o papo) onde o alimento é amolecido, e seu estômago possui duas porções: o proventrículo e a moela. No proventrículo ocorre a digestão química de proteínas e a moela faz o papel de dentes, triturando os alimentos. O papo é encontrado também em anelídeos e moluscos com a mesma finalidade: amolecer os alimentos.
    Veremos como acontece a digestão extracelular nos seres humanos.
    Após a mastigação, o alimento é deglutido. Na faringe, no esôfago, no estômago e nos intestinos ele é impelido pelos movimentos peristálticos, cuja ação é involuntária, controlada pelo sistema nervoso autônomo. Ao passar em órgãos como a boca, o estômago e o intestino, os alimentos sofrem ações químicas dos sucos digestivos.
    Podemos dividir o processo químico da digestão em etapas que ocorrem em órgãos diversos com nomes diferentes: insalivação (ocorre na boca), quimificação (ocorre no estômago) e quilificação (ocorre no intestino).

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  6. Isso é uma experiencia que achei bem interessante.
    Digestão de alimentos sob a ação de enzimas digestivas:
    1. Faça uma solução simples de amido de milho (Maizena), bem ralinha, mais ou menos duas colheres de amido para um litro de água;
    2. Como sabes, o iodo é um indicador da presença de amido nos alimentos. Faça várias demostrações para os alunos, mostrando alimentos que são ricos em amido e outros que são pobres;
    3. Separe dois recipientes transparentes: pode ser garrafas do tipo Pet transparentes;
    4. Coloque dois dedos da solução de amido de milho em cada um dos recipientes;
    5. Pingue duas ou três gotas de iodo em cada um;
    6. Mexa bastante;
    7. Peça para que os alunos cuspam (isso mesmo, cuspir ou então, tente achar em um laboratório de sua cidade, solução de ptialina);
    8. Mexa novamente e aguarde os acontecimentos;
    9. No frasco com ptialina (amilase salivar), a solução ficará transparente novamente, mostrando que as enzimas da saliva quebram as moléculas longas de amido em moléculas pequenas de glicose ou outro dissacarídeo, como a maltose;
    10. No frasco sem a ptialina, a solução ainda estará roxinha, da mesma forma exibida no início do experimento.

    Portanto, essa é uma experiência simples e que funciona. Podes também fazer uma gelatina bem firme e pingar algumas gotas de suco de abacaxi, mostrando a ação da bromelina (enzima) que atua como as proteases do estômago, quebrando proteínas. Em poucos minutos a gelatina vira água. Podes também mostrar a ação da bile, como emulsificadora das gorduras. Coloque óleo em uma garrafa de pet, água e mexa. A gordura ficará em cima. a bile funciona como o detergente que você adicionará, quebrando as moléculas de gordura em porções bem pequenas. Explique que a gordura não sumiu e sim diminuiu de tamanho. Paz e bem a todos...

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