sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Veneno de aranha pode ser usado para combater disfunção erétil
A Aranha Armadeira, muito encontrada no Brasil, também é estudada no Butantan, pois o venneno tem os mesmos principios ativos da Viuva Negra.
Observações empíricas demonstraram que o veneno de três tipos de aranha - a Viúva Negra, a Atrax e a Phoneutria nigriventer, originária da América Latina -, provoca sistematicamente ereções prolongadas", Três médicos deste departamento iniciaram, há seis meses, um estudo sobre um possível uso do veneno contra a impotência,
O veneno age no sistema nervoso, ao contrário do medicamento contra a impotência Viagra, que provoca a dilatação das artérias.
Segundo o especialista, a substância, que pode ser mortal, tem antídotos, e por isso seria possível utilizá-la em pequenas doses com fins terapêuticos.
"Conseguimos isolar a molécula que constitui o princípio ativo, separando-a das substâncias nocivas que afetam o sistema cardiorrespiratório. Os testes com ratos e coelhos deram excelentes resultados", destacou. Os testes também mostraram efeitos mais eficientes que o citrato de sildenafil, o princípio ativo do Viagra, cuja ação vasodilatadora - segundo afirmam os cientistas, baseados em pesquisas internacionais - demonstrou ter efeitos adversos nos indivíduos com problemas cardíacos.
"Conseguimos demonstrar que a toxina depurada supera o Viagra no sentido de que é totalmente inócua", acrescentou Romero, explicando que, diferente da pílula azul, o fármaco chileno atua nos tecidos adiposos, sem causar efeitos colaterais.
Trafico de Animais
Aquele olhar estrangeiro de cobiça se perpetua até hoje. Todavia, ele carrega mais do que a simples curiosidade, traduz a certeza de que possuímos a maior reserva de biodiversidade do planeta e que nela estão contidas muitas respostas que ainda não chegaram ao conhecimento humano. Segundo dados do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), cerca de cem espécies desaparecem todos os dias da face do planeta e o comércio ilegal de animais silvestres surge como uma das principais causas dessa tragédia. Em menos de 500 anos o Brasil já perdeu cerca de 94% da sua cobertura original de Mata Atlântica, um dos principais ecossistemas do país. São cada vez mais constantes as incursões nas matas tropicais em busca de animais para fomentar o tráfico nacional e internacional.
Manter animais silvestres em cativeiro continua sendo um hábito cultural da população brasileira. Sejam os abastados, que exibem seus animais como troféus à sua vaidade, os miseráveis, que se embrenham na mata em busca de animais que, vendidos, ajudarão a diminuir sua fome, ou ainda os cientistas estrangeiros que buscam na fauna e na flora brasileira uma possibilidade de seus laboratórios faturarem alto com a fabricação de novos medicamentos. A conclusão a que chegamos é que: ALGO PRECISA SER FEITO IMEDIATAMENTE PARA CONTER O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES BRASILEIROS.
Os Números do Tráfico
O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas, que, segundo os especialistas, hoje se misturam tanto que são encarados como único. Movimenta aproximadamente US$ 10 bilhões por ano e o Brasil participa desse mercado com cerca de US$ 1 bilhão ao ano. Por se tratar de uma atividade ilegal e por não existir uma agência centralizadora das ações contra o tráfico no país os dados reais sobre esse comércio ilegal são difíceis de serem calculados. Fontes governamentais estimam que o tráfico de animais silvestres no país seja o responsável pelo desaparecimento de aproximadamente 12 milhões de espécimes. Em cada dez animais traficados, apenas um chega ao seu destino final e nove acabam morrendo no momento da captura ou durante o transporte. Todos os animais traficados sofrem no esquema montado pelos traficantes, que inclui, no caso das aves, práticas como furar os olhos, para não enxergarem a luz do sol e não cantarem, evitando chamar a atenção da fiscalização, e até anestesiá-los para que pareçam dóceis e mansos.
O Brasil além de ter sua biodiversidade ameaçada, perde anualmente uma quantia incalculável e irrecuperável com o tráfico de animais silvestres. Só o mercado mundial de hipertensivos movimenta anualmente cerca de US$ 500 milhões, e o princípio ativo de seus medicamentos é retirado de algumas serpentes brasileiras, como a jararaca (Bothrops jararaca). No entanto, o maior fornecedor mundial de peçonhas ofídicas é a Suíça, que, originalmente, não possui uma única jararaca em seu território. A cotação internacional das peçonhas ofídicas é altíssima: um grama de peçonha de jararaca vale US$ 600,00 e o da cascavel (gênero Crotalus) US$ 1.200,00.
O mercado interno de animais comercializados ilegalmente movimenta muito pouco se comparado ao mercado externo. Os valores alcançados internamente dificilmente ultrapassam a casa dos US$ 200,00, enquanto que no mercado internacional esses mesmos animais atingem facilmente valores na casa de dezenas de milhares de dólares. O Mico-leão (Leontopithecus chrysomelas) é vendido internamente por US$ 180,00 e na Europa é facilmente comercializado por US$ 15.000,00. O pássaro Melro (Gnorimopsar chopi) é encontrado nas feiras livres do Sul do País por US$ 150,00 e nos Estados Unidos por US$ 13.000,00. Recentemente, foi descoberto em sapos amazônicos uma substância 247 vezes mais potente do que a morfina, algo que pode mudar todas as formas de tratamento com anestésicos no mundo. E o Brasil, com isso, ganhará provavelmente apenas mais um nome para colocar em sua lista de espécies ameaçadas de extinção.
O tráfico interno é desorganizado e feito principalmente por caminhoneiros e motoristas de ônibus, de empresas que fazem vista grossa para a atividade. Já o comércio internacional é sofisticado, incluindo esquemas, subornos e condescendência de funcionários de empresas aéreas. A maioria dos animais silvestres brasileiros comercializados ilegalmente provem das regiões Norte e Nordeste do País. De lá são escoados para a região Sul e Sudeste, utilizando-se as rodovias federais. Os principais pontos de destino desses animais são os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde são vendidos em feiras livres ou exportados através dos principais portos ou aeroportos dessas regiões. Nos estados nordestinos é comum a presença de pessoas pobres nas margens das rodovias comercializando esses animais, como forma de garantir seu sustento. São pessoas aliciadas pelos grandes traficantes, que exploram sua miséria e oferecem alguns trocados para fazerem a captura dos animais nas matas. O destino internacional desses animais são a Europa, Ásia e América do Norte, onde chegam para engordar coleções particulares, para serem vendidos em Pet Shop´s ou comporem o plantel de zoológicos, universidades, centros de pesquisa e multinacionais da indústria química e farmacêutica. Também é grande o número de animais silvestres exportados pelas fronteiras com os países vizinhos, como Uruguai, Paraguai e Argentina, onde esses animais recebem documentação falsa para seguirem seu caminho.
Os Riscos para a População
Vez ou outra, a população mundial se vê alarmada com as notícias de que mais uma peste, até então desconhecida, está matando milhares de pessoas em vários pontos do planeta. Recentemente, foi o vírus Ebola, que provocou grandes perdas ao Zaire. Mas o ataque desses vírus não é privilégio apenas de países pobres e subdesenvolvidos. Grandes nações já padeceram com novas e inexplicáveis moléstias, como a Alemanha (vírus Marburg) e os EUA (doença dos legionários e recentemente surpreendido com a presença do vírus Ebola perto de Washington).As florestas tropicais são um grande reservatório de microorganismos desconhecidos, que podem provocar sérios problemas de saúde pública, como aconteceu no Brasil durante a construção da estrada Transamazônica, onde morreram centenas de operários, vítimas de febres hemorrágicas desconhecidas.
sábado, 7 de novembro de 2009
Aranha-marrom ( CURIOSIDADE)
As aranhas-marrom (Loxosceles spp.) são aracnídeos venenosos, conhecidas por sua picada necrosante. Elas são membros da família Sicariidae.
As aranhas-marrom têm um comprimento total de cerca de 7-12 mm (um terço disso sendo o corpo, de coloração típicamente marrom) e seis olhos - organizados aos pares - na cor branca. Algumas apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax. De teias irregulares, têm como característica a peregrinação noturna e a alta atividade no verão. Durante o dia permanecem escondidas sob cascas de árvores e folhas secas de palmeira - na natureza - ou atrás de móveis, em sótãos porões e garagens - no ambiente doméstico.
Isso é o que pode acontecer em caso de picada, se vc não se tratar
Tratamento
Logo após a picada é indicado lavar o local com água e sabão abundantes e não fazer torniquetes, para evitar a gangrena do veneno e minimizar os efeitos da necrose. É interessante que a região da picada fique em repouso, dificultando a absorção do veneno. Não convém furar, cortar, queimar ou espremer. Também não é indicado fazer sucção no local da ferida nem aplicar extratos naturais. Não se recomenda a ingestão de bebidas alcoolicas. O procedimento padrão é levar a vítima ao serviço de saúde próximo o mais rápido possível, levand
o a aranha (morta ou viva) para identificação de espécie e confirmação da necessidade de soro. Vale lembrar que tais procedimentos servem para qualquer ataque de animal peçonhento.
O soro utilizado para combater a picada desta aranha é composto de Antihistamínico/anticolinesterásico/dapsona e 5 ampolas de soro antiaracnideo polivalente ou soro antiloxosceles EV, que deverá ser ministrado ao paciente até 36 horas depois do acidente com a aranha.
No caso de alguma ocorrência
- Não toque na aranha, não tente pegá-la, nem mesmo com luvas ou papeis grossos.
- Isole o local com um pano escuro e grosso.
- Evite matar a aranha. Chame os bombeiros ou o Centro de Controle de Zoonoses mais próximo de sua casa. Tentar matá-la pode ocasionar em um ataque acidental.